Primeiros integrantes do grupo: Thiago, Amanda, Jessica, Renan e Daniel
Desde já, esse projeto parece ser muito significante, e chama a atenção o respeito e responsabilidade que é tratado pelos jovens.
“Desde que entrei no projeto ASAS do Beija-Flor senti que estaria assumindo responsabilidades, mas nunca imaginei o quanto essas responsabilidades fossem difíceis e importantes, hoje entendo que minhas ações não irão afetar somente a mim, mas sim um ciclo, começando da minha família, indo até as famílias em que meu projeto pretende ajudar”. Diz Thiago Izidório, um dos integrantes do projeto.
Sabemos que depois daquelas famílias passarem por tantas desilusões uma das conseqüências seria a desconfiança em outras pessoas, ainda mais em jovens que são vistos como irresponsáveis incapazes de levar realmente um projeto a sério. Sem dúvidas isso causa medo e até desânimo, porém surpreende as palavras de perseverança que se ouve desses meninos e meninas: “Já passamos por decepções sim, já batemos em portas onde fomos mal recebidos, e disseram que nosso projeto não iria dar certo, que não era algo bom. Confesso que isso me causou medo, mas não me fez pensar em desistir, pelo contrario, me deu mais força para continuar, pois sei que uma conquista exige luta e resistência”, relata Jessica Aquino.
Toda essa força tem como influência o que esses jovens passaram e aprenderam no decorrer desse projeto ASAS, e mesmo tendo dificuldades, sabem que são capazes de chegar ao objetivo real. Renan Cleber com poucas palavras mostra sua dedicação e sua postura de seriedade ao projeto: ”Espero que as pessoas entendam que não somos simplesmente jovens, mas sim pessoas que estão naquela região se esforçando para fazer algo sério”.
Realmente esse projeto afetou de forma positiva a mente e o coração de jovens, que até poderiam estar nas ruas prejudicando suas vidas e de outras pessoas, mas estão lutando para o desenvolvimento de uma comunidade carente e investindo seu tempo no crescimento grupal e individual, pois um trabalho desses tem muito a ensinar.
Cheia de entusiasmo, Amanda Silva não perde a oportunidade de expor suas expectativas: “Minha maior expectativa é ver aquelas famílias trabalhando, tendo as capacitações e crescendo a cada dia”.
É muito bom ver nesses jovens o desejo de ampliação do projeto, ou seja, acreditam no potencial individual e usam os conflitos e discussões para o desenvolvimento do grupo, sabem que o projeto precisa crescer e para isso tem que mantê-lo firme e forte, um tem que apoiar o outro. “Espero que no futuro possamos juntos ampliar nosso projeto no próprio Sítio Joaninha e para outras comunidades carentes que passam por dificuldades”. Daniel Oliveira.
Os jovens conseguem mostrar que algumas das características do grupo é união e comprometimento, não são simplesmente mais um grupo que brinca de projeto, mas é um grupo de jovens que mostram mais sensibilidade e seriedade do que muitos adultos que levam mil ilusões a pessoas que precisam atenção, e depois da confiança conquistada, expõem total imaturidade em um ato de abandono. O Arte Brasil não vai vender mais ilusões e desilusões àquelas pessoas, não vai fortalecer os desenganos que levaram para aquele local. Depois de tantas palavras, vale a pena dizer que o Arte Brasil é capaz de mostrar a diferença positiva!
(Por: Jessica P. de Aquino)
"Eu sempre tive o Arte Brasil como um projeto sério, e é o projeto que esta me ajudando a superar as minhas dificuldades da vida é como uma terapia para mim.
O projeto para mim é como qualquer outro trabalho. Mudou minha forma de lidar com os obstáculos da vida e aprendi a nunca desistir, a experiência com os jovens é tudo de bom por que são todos esforçados no que fazem, e tenho aprendido com cada um deles.
Bom desânimo nunca, motivação sempre, pois só assim não tenho tempo pra pensar em besteira."
(Cícera Enilda - Produção Sítio Joaninha)
O projeto me deu mais conhecimento, aprendi criar modelos, me ajuda bastante, pois
vejo ele como uma terapia, onde consigo me acalmar fazendo uma coisa que gosto.
Geração de renda é um projeto importante, pois ajuda muitas pessoas , hoje eu poderia
estar fazendo coisas que não seria o melhor para mim, até minha mãe me vê hoje como
uma pessoa melhor do que antes, estou feliz porque além de fazer o que gosto isso me
faz esquecer os problemas.
(Elizabeth - Produção RCBF - 2008)
Conheci o Arte Brasil em 2007/2008, onde eu passei a conhecer as sementes (de onde elas vieram, para o que servem, como cultiva-las e quais as
origens). O projeto é muito importante, quando encontrar uma oportunidade dessas temos que
abraçar. Pode ser pouco ou muito o resultado, mas vai ajudar a suprir o que a
pessoa necessita (Arroz, leite, fralda). Evolui a mente, faz ficar com ela descansada
para lidar com a família, pois isso também é uma terapia.
(Jucilene - Prodtora Sítio Joaninha - 2007/2009)
