20 de out. de 2009

20 de Novembro está próximo!

Reflexões que nos fazem pensar...

Tempos atrás, no dia 19 de junho, os novos integrantes do Projeto Asas participaram de um debate com Rogério, pesquisador da cultura afro descendente no Brasil, e com o chamado Carioca, militante da causa negra e historiador dos movimentos do gênero.

O tema abordado foi à desigualdade racial e a luta dos negros desde a época da escravidão até nossos dias. Essa palestra fez os jovens pensarem, principalmente agora que estamos nos aproximando do dia da Consciência Negra.

Foi defendida a importância das cotas para negros, não só em escolas, mas também na televisão, nos filmes, etc., o árduo processo de inclusão do negro na sociedade e o resgate da história por meio da cultura raiz.

A maneira como foram colocadas as posturas da sociedade, principalmente no Brasil Colônia, perante a diversidade étnica que reinava no país foi totalmente surreal e diferente do modo tradicional utilizado nas escolas públicas. Os convidados mostraram possuir uma grandeza de conhecimento na área e com isso fez o grupo de jovens atentarem-se às pilastras dos direitos humanos: igualdade e respeito.

Um dos dados apresentados foi que 94 % dos casos de preconceito no país, são de gênero racial. Isso mostra que “os quarenta anos de luta contra o preconceito aparentemente não surtiram efeito, não serviram para nada!”, exclama Carioca, num tom de descrença.

O que chamou a atenção do grupo foram as aspirações de Rogério, que sempre criticou a forma “europeizada” de se ministrar uma aula, e por isso tem como um sonho a construção de uma “Escola Afro”, com as tradições africanas, para o resgate das muitas culturas que compõem a miscigenação brasileira.

Uma questão que deve ser levada em consideração é a ainda existência do preconceito racial neste país, e com isso, trazemos algo mais próximo de nós, o Sítio Joaninha. Lá, como em todo o Brasil, há muitos habitantes dessa classe cultural e etnica, pessoas que trabalham e sobrevivem a todas as provas que a vida lhes impõe.

Com esse debate, podemos observar que ainda existem pessoas realmente interessadas em manter a cultura viva, não importando as barreiras ou obstáculos, e, também, que somente as pessoas de valor lutam por seus objetivos.


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