Tempos atrás, no dia 19 de junho, os novos integrantes do Projeto Asas participaram de um debate com Rogério, pesquisador da cultura afro descendente no Brasil, e com o chamado Carioca, militante da causa negra e historiador dos movimentos do gênero.
O tema abordado foi à desigualdade racial e a luta dos negros desde a época da escravidão até nossos dias. Essa palestra fez os jovens pensarem, principalmente agora que estamos nos aproximando do dia da Consciência Negra.
Foi defendida a importância das cotas para negros, não só em escolas, mas também na televisão, nos filmes, etc., o árduo processo de inclusão do negro na sociedade e o resgate da história por meio da cultura raiz.
A maneira como foram colocadas as posturas da sociedade, principalmente no Brasil Colônia, perante a diversidade étnica que reinava no país foi totalmente surreal e diferente do modo tradicional utilizado nas escolas públicas. Os convidados mostraram possuir uma grandeza de conhecimento na área e com isso fez o grupo de jovens atentarem-se às pilastras dos direitos humanos: igualdade e respeito.
Um dos dados apresentados foi que 94 % dos casos de preconceito no país, são de gênero racial. Isso mostra que “os quarenta anos de luta contra o preconceito aparentemente não surtiram efeito, não serviram para nada!”, exclama Carioca, num tom de descrença.
O que chamou a atenção do grupo foram as aspirações de Rogério, que sempre criticou a forma “europeizada” de se ministrar uma aula, e por isso tem como um sonho a construção de uma “Escola Afro”, com as tradições africanas, para o resgate das muitas culturas que compõem a miscigenação brasileira.
Uma questão que deve ser levada em consideração é a ainda existência do preconceito racial neste país, e com isso, trazemos algo mais próximo de nós, o Sítio Joaninha. Lá, como em todo o Brasil, há muitos habitantes dessa classe cultural e etnica, pessoas que trabalham e sobrevivem a todas as provas que a vida lhes impõe.
Com esse debate, podemos observar que ainda existem pessoas realmente interessadas em manter a cultura viva, não importando as barreiras ou obstáculos, e, também, que somente as pessoas de valor lutam por seus objetivos.
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